Para quem não sabe, a realização do teste do pezinho é obrigatória por lei, em todo o Brasil. Esse exame é muito importante porque detecta, precocemente, as doenças causadoras de sequelas irreparáveis no desenvolvimento mental e físico da criança, antes mesmo do aparecimento dos sintomas.
Como o material é coletado?
O teste é feito com uma pequena quantidade de sangue, coletada do calcanhar do recém-nascido, e tem por finalidade triar doenças congênitas de origens metabólica, genética e/ou infecciosa. Por se tratar de um teste de triagem, todo resultado suspeito ou positivo deverá ser confirmado por outros testes, de acordo com a avaliação médica.
Todos os testes do pezinho são iguais?
Não. Embora o modo de obter o sangue, através da punção do calcanhar, seja o mesmo, o pediatra solicita o tipo mais apropriado desse teste, conforme os históricos familiar e materno do bebê.
Tipo de testes:
• Teste do pezinho básico – realiza a triagem para hipotireoidismo (TSH), fenilcetonúria e certas aminoacidopatias e hemoglobinopatias.
• Teste do pezinho ampliado – complementa a lista de exames acima, com pesquisa de hipotireoidismo (TSH e T4), fibrose cística e hiperplasia adrenal.
• Teste do pezinho plus – acrescenta, ao teste anterior, pesquisa de toxoplasmose e de deficiências de biotinidase e de galactase.
• Teste do pezinho master – além dos exames acima, realiza a triagem para deficiência de glicose-6-fosfatase, sífilis, citomegalovírus, doença de Chagas e rubéola.
Qual a melhor época para realizar o teste do pezinho?
De preferência, após o 3º dia do nascimento. No entanto, para garantir a realização do teste a todas as crianças, o exame é coletado na alta hospitalar, em maternidades públicas.
Alguns fatores podem comprometer a interpretação do resultado.
São eles: prematuridade, transfusão sanguínea, doenças agudas no bebê no período da coleta. Portanto, o pediatra é a pessoa indicada para avaliar a criança e o resultado desse exame.